Reforma Curricular na UFSC

Em sua história, a graduação em Ciências Sociais sempre foi um curso com sólida formação teórica; e, por isso, sempre foram privilegiados para a formação prática d@s alun@s estágios não remunerados realizados nos núcleos e nos laboratórios de pesquisa de professores vinculados aos departamentos de Antropologia e de Sociologia Política, as duas principais áreas de formação do curso de Ciências Sociais. Muitos destes estágios envolviam atividades de extensão junto a movimentos sociais e a instituições com as quais estas equipes de pesquisa mantêm parcerias.

Poucas eram, até o início dos anos 2000, as experiências de estágio remunerado realizadas por alun@s do curso. Mas, no decorrer desta década, o Estágio em Ciências Sociais vem ampliando-se a outras experiências de aprendizagem fora do âmbito da UFSC. [Miriam Hartung]

Currículo em Implantação Gradativa – http://www.cfh.ufsc.br/gradCienciasSociais/gradeHorario_implant.php

Reforma Curricular – http://www.cfh.ufsc.br/gradCienciasSociais/reformaCurricular.php

Projeto Político Pedagógico do Curso de Ciências Sociais – http://www.cfh.ufsc.br/gradCienciasSociais/ppp.pdf

Curso de Ciências Sociais da UFSC – http://www.cfh.ufsc.br/gradCienciasSociais/

Na UFSC o currículo foi aprovado em 2007. Apresenta um salto em relação ao currículo antigo, inclui disciplinas importantes, como o Pensamento Social Brasileiro (a única disciplina obrigatória da graduação que vai dedicar-se ao estudo de Cientistas Sociais Brasileiros e trabalhar com alguns textos de colegas da latino-américa). Outro salto são os PPCC, prática de pesquisa como componente curricular (acho que esse é o nome), que busca articular as três áreas (antropologia, política e sociologia) na construção de um projeto, a turma é dividada em grupos e ao longo do semestre com o tutoriamento dos professores vai desenvolvendo uma pesquisa (a idéia é muito boa, o que peca é na implementação… Com o foco Bannerista… Poderia ser bem mais explorada).

A primeira turma (22007.1) que pegou o currículo novo esta indo para a 6 fase neste próximo. A ultima coordenadora de curso tentou um acompanhamento do processo de transição. Sendo que as primeiras turmas faziam avaliações ao termino do semestre. O que aparentemente, pelo pouco envolvimento dos demais professores foi abortado e buscou-se a consolidação de um grupo de estudantes representantes de turma para discutir o curriculo. Não se tem notícias que as turmas estejam debatendo… O curriculo tem sofrido leve ajustes, nada que mude substancialmente…  Mas mudanças como a inclusão da Disciplina de LIBRAS para a licenciatura, que foi esquecida na época da  elaboração.

Esse currículo foi construido com amplas rodadas de discussão, duas semanas acadêmicas, e seminários, entre o período de 2001 a 2004, quando se finalizou o currículo.

No ME também temos tido dificuldade em avaliar como vem se dando esse processo. Mecanismos de acompanhamento, avaliação e proposição não saíram do papel – esboçou-se várias vezes a realização de uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem, houve até o incentivo para estudantes aproveitarem disciplinas afins, como metódos e técnicas de pesquisa 1 e estatísticas aplicada as ciÊncias soiais para realizar um levantamento, e houve até tentativas, extremamente limitadas, de se realizar uma levantamento desse processo, mas não houve um projeto efetivo tocado pelo movimento estudantil.

Há um comissão de representação formada, com alguns estudantes envolvidos, organizada , e de certa forma, tutelada pela última coordenadora que tem feito um valoroso e dedicado esforço na implementação e acompanhamento. do novo currículo… Mas no geral há uma aparente grande apatia e desconhecimento deste novo curriculo. Há a proposta , por parte da coordenação e deste grupo de acompanhamento do curriculo de neste segundo semestre arealizarem uma rodada de avaliação do currículo. Veremos…

E creio que com a proposta de o próximo encontro da UEL caminhar no sentido do debate de um projeto de educação e na problematização da sociologia/ciências sociais contribui muito no movimento local, bem como a possibilidade de efetivarmos no ME um grupo de trabalho para desde já irmos discutindo, intervindo localmente, e articulando regionalmente esse debate, pautado na problematização e aprofundamento a discussão do currículo num contexto de privatização do ensino, curriculo e ensino médio, novo enem etc.

Boni – UFSC

Relatoria CONECS e carta ao ENECS

Relatoria da reunião do Conselho Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais

Brasília, 16 de julho de 2009. 

      Pauta:

      – Caráter da própria reunião

      – Informes dos encontros regionais

      – Discussão sobre o ENECS, avaliação e perspectivas do ME de área, e as possíveis bandeiras dos estudantes de ciências sociais. 

      Presentes os militantes das seguintes escolas:

      UECE, UFCE, UFMT, UFPR, UFSC, UFRGS. 

      Caráter da reunião:

      Iniciamos a discussão definindo os limites que a própria possuía, e definimos que faríamos todas as discussões, mas que o peso que possuem é justamente a de uma reunião com apenas 6 escolas presentes, com debilidades de discussões prévias. A reunião foi convocada com alguma antecedência, porém também com debilidades.

      Para superar esta problemática, a principal proposta de encaminhamento será feito não pelo “CONECS”, mas sim através de uma carta que deve ser debatida nas escolas para que as mesmas decidam, ou em assembléia (preferível) ou pelo CA se a subscrevem ou não. As linhas desta carta foram discutidas nesta reunião, e depois levadas para que os estudantes de sociais que estavam presentes no CONUNE avaliassem se estavam de acordo com a proposta. 

      Informes dos ERECS:

      Norte/Nordeste:

      O tema foi “Romaria ao Cariri: fé …” (completar) a sede foi uma cidade no interior do Ceará (qual?), e as definições gerais do encontro acabaram por ficar centralizada na escola sede, e não conseguiram definir as políticas de forma conjunta com as outras escolas.

      No encontro tinha cerca de 600 pessoas, porém os GDs foram esvaziados, e contavam com cerca de 30 pessoas nas discussões.

      Para votar nas propostas de movimento estudantil era necessário estar presente em ¾ dos espaços, o que foi avaliado como bem positivo.

      Os GDs eram: movimento estudantil, sociologia no ensino médio, REUNI e ENADE, passe livre. (Mandar estes encaminhamentos por email).

      Teve um CORECS, porém foi esvaziado e contou com a presença de 4 escolas, em Campina Grande, nesta reunião discutiram como seriam os GDs. 

      Os principais encaminhamentos foram:

      – A separação do encontro regional Nordeste do Norte, apesar de não ter nenhuma escola do Norte presente, e até mesmo avaliando este ser um sintoma do afastamento daquela região.

      – Foi formada uma coordenação regional provisória a partir de algumas escolas (será mandado para a lista o regimento desta). A outra proposta era de que se formasse uma executiva com nominatas. (Qual foi a votação? O pleito que decidiu entre uma e outra?).

      – Próxima sede no Maranhão. 

      Centro Oeste:

      A UFMT fez um projeto para sediar o ERECS, porém não conseguiu articular com as outras escolas e por receio de fazer um encontro esvaziado, e por conta das mobilizações locais. Outra dificuldade é não ter contatos prévios com as escolas do MS, e Goiânia.

      No espaço que seria o encontro fizeram um debate sobre a crise.

      Encaminhamentos:

      A UFMT ficará responsável por chamar uma reunião de um conselho de entidades de base, ou representantes eleitos em assembléia, para definir aonde, quando e o tema do próximo encontro.

      Foram listadas as universidades: UFGD, UFG, UFMS, UFMT, UNB (averiguar quais faltam). 

      Sudeste:

      Não tinha nenhuma escola presente

      Não teve o regional ainda, algumas pessoas da USP foram no regional Sul. Talvez tenha no meio do segundo semestre o encontro no Espírito Santo. 

      Sul:

      As relatorias ainda não foram disponibilizadas, mas existem pessoas responsáveis que mandarão para as listas assim que finalizarem.

      Houve uma reunião chamada de “pré-ERECS” num feriado onde participaram 4 escolas do Sul, UFRGS, UFSC, UFPR, UEL, e nesta reunião foi longamente debatido a proposta inicial de projeto feita pela escola sede e disponibilizada com alguma antecedência para que as escolas pudessem debater sobre o que já havia sido acumulado. Algumas dificuldades na divulgação desta reunião para outras escolas, e para as escolas debaterem o projeto previamente para levar novas propostas.

      No regional compareceram as escolas: UFRGS, UFSC, UFPR, PUC-PR, UEM, UNIOESTE, UEL, USP. No ERECS tinha cerca de 170 pessoas e os GDs contaram com a participação média de 60 pessoas. Algumas escolas conseguiram fazer debates prévios sobre os diversos assuntos dos GDs e com isso contribuiu muito para a elevação política dos debates.

      As saídas de campo foram bem produtivas, conseguiu estabelecer relação com o MST, e criar algum vínculo, ainda incipiente, com eles. A partir disso, a UFRGS decidiu fazer uma saída de campo por semestre com os estudantes do curso. A saída do “A outra Curitiba” também ajudaram a construir uma discussão para além da sala.

      Avaliamos que faltou palestrantes para ajudar a aprofundar os debates. 

      Encaminhamentos:

      – Próxima sede Londrina PR (UEL)

      – Blog do MACS-Sul

      – Fazer a sistematização das discussões para iniciarmos um acúmulo do movimento

      – UFSC vai fazer um vídeo sobre o encontro 

      Discussão sobre o ENECS, avaliação e perspectivas do ME de área, e as possíveis bandeiras dos estudantes de ciências sociais.

      Os últimos ENECS foram:

      2003 – Brasília

      2005 – Manaus

      2006 – UFRGS – 250 participantes

      2007 – UFF – 500 participantes

      2008 – UFBA – 1000 participantes

      2009 – UFPB 

      Vimos que os últimos encontros tem tido um crescimento grande no número de participantes, porém a expectativa para este é que reduza drasticamente, já que ocorrerá durante as aulas da maior parte das universidades. Tema que foi discutido com membros da escola sede, de que seria prejudicial fazer o encontro nesta data, porém ignorado por estes.

      Em assembléia geral dos estudantes da UFPR foi deliberado por fazer uma carta de repúdio ao ENECS ter sido construído nesta data inviabilizando a participação dos estudantes do curso.

      A UFRGS também discutiu e deliberou por não participar deste ENECS por conta da data e repudiar a escolha desta.

      A UFMT também não conseguirá mandar ônibus para o encontro e talvez mande um ou outro representante.

      As universidades do Ceará irão participar do encontro.

      Foi ressaltada a preocupação em que este encontro fosse pouco representativo em número das escolas e da participação mais efetiva dos estudantes. Observando a trajetória dos últimos encontros, seria bem possível que neste se buscasse encaminhar a entidade nacional dos estudantes de ciências sociais, e a partir da discussão que fizemos achamos que devemos ter cautela com algumas questões:

      – a falta de elaboração prévia sobre uma “carta de princípios” e regimento.

      – falta de discussões de base sobre o assunto.

      – possível falta de pluralidade de escolas no encontro. 

      Para superar estas questões propomos a carta (anexo 1), que deve ser aprovada em assembléias de curso (preferencialmente) ou pelo centro acadêmico do curso, antes do ENECS. Ela deve ser lida no encontro, ser discutida por ele, e colocar para ser encaminhada na plenária final. 

      Bandeiras do curso:

      – Que formação temos, que formação queremos.

      – Discutir sobre a dissociação entre licenciatura e bacharelado

      – Formação do cientista social voltada para a classe explorada

      – Debate sobre empresas juniores na ciências sociais (responsáveis: UFMT/UFSC)

      – Paridade nas instancias decisórias da universidade e a participação discente enquanto ouvinte nas contratações de professores.

      – Discutir sobre a separação das áreas de ciências sociais (antropologia, sociologia e política).

      – Reformas curriculares (responsáveis: UFPR/UFRGS)

      – Debater sobre a importância das aulas sobre os autores clássicos para a formação do cientista social.

      – Necessidade de estabelecer relação entre o conhecimento da universidade e as questões sociais.

      – Contra os cursos a distancia.

      – Paridade nas comissões de reformas curriculares

      – Contra a iniciativa privada no curso de ciências sociais e na educação como um todo.

      Proposta de reunião virtual antes do ENECS:

      16 de agosto, domingo as 19h 
 
 

 

Anexo 1

Carta ao Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais 

     O movimento de área tem como missão aglutinar e organizar os estudantes para dar respostas aos problemas específicos de seu curso. Tem ainda a importante tarefa de ser um espaço no qual podemos pensar em políticas para nosso curso e para a educação como um todo. É, portanto, local em que nós, estudantes, devemos reivindicar e construir.

     Os estudantes de ciências sociais tem enfrentado uma serie de problemas em relação à organização enquanto movimento. A incapacidade recorrente de lançar bandeiras próprias, de garantir a comunicação entre as escolas, a falta de ampliação do número de universidade que participam do movimento de área, e o fato de o atual movimento de área se limitar aos espaços do próprio encontro, entre outros motivos, tem minado nossos esforços em direção a uma práxis cotidiana de luta.

     Portanto, consideramos importante a construção de uma entidade nacional que se referencie nas pautas dos estudantes do curso e auxilie a organização destes. Porém avaliamos que há pouco acúmulo em relação a este assunto nas ciências sociais, e que é preciso uma maior discussão sobre as diretrizes de tal entidade. Esta situação  acentuasse ainda pelo fato de que o ENECS “Parahyba” não contará com uma participação ampla das escolas devido ao fato do evento ocorrer no período letivo de boa parte das universidades, agravado pela dificuldade do deslocamento, o que certamente acarretará num esvaziamento do espaço. Neste sentido se torna inviável encaminhamento em relação a esta pauta neste ENECS.

     Por isso, propomos que se encaminhe neste ENECS um Conselho Nacional de Entidade de Base, nos moldes aprovados no encontro de Salvador, o qual se reúna nas férias, dezembro ou janeiro, para a construção de uma carta norteadora das políticas necessárias a luta dos estudantes. Concomitantemente deve ser amadurecida a discussão prévia nas escolas acerca do tema e na posteriormente ao CONECS, as mesmas, devem voltar a debater as propostas de encaminhamento. Assim, no próximo ENECS, esperamos ter respaldo político que nos possibilite a construção de um espaço não só do movimento de área, mas também da entidade nacional. Para tanto é necessário que este e qualquer encontro conte com a presença de muitos estudantes de diversas partes do país, proporcionando um espaço legítimo para este encaminhamento.

     Texto encaminhado no CONECS,

     Brasília, 17 de julho de 2009.

CONECS

Bem pessoal, não estou bem inteirada das discussões que ocorrem pela lista (http://groups.google.com/group/conecs) mas vou recortar e colar algumas coisas que estão rolando, portanto, peço que qualquer erro me corrijam e complementem a informação.

Encontro do CONECS 

Dia: 16/07

Horário: 14h

Local:  Acadêmicos da Asa Norte (Brasília)

O local da reunião e do alojamento será o Acadêmicos da Asa Norte (beira do lago norte, após o Minas Tênis Clube). A diária é R$7,00 e R$ 5,00 marmita e café da manha. O local é uma área de camping que comporta poucas pessoas,  portanto, não poderemos alojar delegações inteiras que irão para o CONUNE, só as pessoas que participarão de fato do CONECS (em torno de 30 pessoas). 
Para não atrasar os espaços, sugere-se que as pessoas que ficarão no camping façam um cadastramento (para saber quantas pessoas, providenciar a comida necessaria e pagamento) pela manhã.

Pauta:

 1. informe das regionais

2. balanço da construção do ENECS 2009
3. perspectivas para o moviemnto de área nacional/ ENECS 2009
4. indicativo de bandeiras nacionais.